A doença fazia
parte da vida quotidiana. Para muitas enfermidades não havia tratamento,
e os doentes aceitavam que tinham simplesmente que viver com elas. Uma
dessas doenças era a lepra, uma doença infecciosa da pele. Os leprosos
tinham que viver afastados, por causa do medo do contágio e havia leis
que os proibiam de entrar nas cidades. Construíram-se casas (leprosarias
ou gafarias) onde os leprosos podiam viver juntos, em geral longe das
cidades.
Entre
as doenças vulgares para as quais não havia cura contam-se o sarampo, a
tuberculose, a desinteria, a difteria, a varíola e a escarlatina.
A
mais temida das doenças era a peste bubónica, conhecida por peste
negra. Chegou à Europa vinda do Oriente, e manifestou-se pela primeira
vez em Itália em 1347. Espalhou-se rapidamente matando entre 20% a 40%
da população europeia. Em Portugal, entre fins de Setembro e o Natal de
1348, a peste negra matou cerca de um terço da população. A peste era
transmitida pelos ratos e pelas pulgas. Uma das razões da rápida
propagação da peste nas cidades era a falta de higiene. Nesta época as
pessoas viviam no meio de grande sujidade. O lixo das casa e oficinas
era simplesmente atirado para a rua. Só no século XIX se compreendeu
devidamente a importância da limpeza para a saúde.
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