quinta-feira, 24 de maio de 2012

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA - O LEÃO, A FEITICEIRA E O GUARDA-ROUPA

Durante a Segunda Guerra Mundial, os Pevenses retiram de Londres seus quatro filhos, Peter, Susan, Edmond e Lucy, e os envia para a segurança do campo. Um excêntrico professor amigo da família os acolhe em sua propriedade. Já na casa, as crianças se sentem entediadas e começam a vasculhar cada cômodo em busca de diversão. Lucy e Edmond, depois os outros irmãos, encontram um misterioso guarda-roupa que os leva a Narnia, um mundo mágico de criaturas místicas e animais falantes. Mas Narnia não é perfeita, sempre é inverno e não houve mais nenhum Natal desde que começou o reinado da Bruxa Branca e seus comandados. Apenas o retorno de Aslan, um destemido leão falante, pode trazer esperança na batalha para devolver a felicidade e liberdade a fantástica terra de Nárnia.
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TRAILER do filme:

O joven frade que abominava a tunica (lenda)

Um jovem muito nobre e delicado veio para a Ordem de São Francisco: o qual depois de alguns dias, por instigação do demônio, começou a ter tal abominação ao habito que vestia, que lhe parecia trazer um saco vilíssimo; tinha horror às mangas, abominava o capuz, e o comprimento e a grandeza lhe pareciam carga insuportável.

E crescendo-lhe assim o desgosto pela Ordem, deliberou finalmente deixar o hábito e voltar ao mundo.

Tomara por costume, conforme lhe ensinara seu mestre, todas as vezes que passavam em frente do altar do convento, no qual se conservava o corpo de Cristo, ajoelhar-se com grande reverência e tirar o capuz e inclinar-se com os braços em cruz.

Sucedeu que naquela noite, na qual devia partir e deixar a Ordem, foi-lhe preciso passar diante do altar do convento; e passando, segundo o costume, ajoelhou-se e fez reverência.

E subitamente arrebatado em espírito, foi-lhe mostrada por Deus uma maravilhosa visão: repentinamente viu diante de si passar quase infinita multidão de santos como em procissão, dois a dois, vestidos todos de belíssimo e precioso pano; e as faces deles e as mãos resplandeciam como o sol, e iam com cânticos e música de anjos, entre os quais santos havia dois mais nobremente vestidos e adornados do que todos os outros, e estavam cercados de tanta claridade, que grandíssimo assombro faziam a quem os olhava, e quase no fim da procissão viu um ornado de tanta glória que parecia um cavaleiro novo, mais honrado do que os outros.


Vendo o dito jovem esta visão, maravilhava-se e não sabia o que queria dizer aquela procissão e não tinha coragem de indagar e estava estupefato de enleio. Tendo passado a procissão, ele, enchendo-se de coragem, corre em direção aos últimos, e com grande temor pergunta-lhes, dizendo:

– “O caríssimos, peço-vos o favor de dizer-me quem são estas maravilhosas pessoas que vão nesta procissão venerável”.

Responderam-lhe:

– “Sabe, filho, que todos nós somos frades menores que vimos agora da glória do paraíso”

E ele ainda perguntou:

– “Quais são aqueles dois que brilham mais do que os outros?” Responderam-lhe:

– “Aqueles são São Francisco e Santo Antônio: e aquele último que vês tão honrado, é um santo frade que morreu há pouco tempo; o qual, porque valentemente combateu contra as tentações e perseverou até ao fim, agora o levamos em triunfo à glória do paraíso; e estas vestes de fazendas tão belas que trajamos, foram-nos dadas por Deus em troca das ásperas túnicas as quais nós pacientemente suportamos na Ordem; e a gloriosa claridade, que vês em nós, foi-nos dada por Deus pela humildade e paciência e pela santa pobreza e obediência e castidade as quais observamos até ao fim.

“E portanto, filho, não te seja molesto trazer o saial da Ordem tão frutuoso, porque, se com o saco de São Francisco desprezares o mundo e mortificares a carne, e contra o demônio combateres valentemente, terás conosco semelhante veste e claridade de glória”.


E ditas estas palavras, o jovem voltou a si, e confortado pela visão expulsou de si todas as tentações e confessou a sua culpa diante do guardião e dos frades; e dai em diante desejou a aspereza da penitência e das vestes e acabou a vida na Ordem em grande santidade.

Em louvor de Cristo. Amém.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Vassalagem e Suserania

Introdução
Vassalagem e suserania formavam um sistema sócio-econômico da Idade Média entre um vassalo e seu suserano. Nesta relação de reciprocidade, o vassalo recebia terra, objetos materiais ou até mesmo um castelo de seu suserano. Em troca, o vassalo devia oferecer fidelidade absoluta e proteção ao seu suserano.

Suseranos e Vassalos 

O rei, geralmente, era o suserano com mais poder na Idade Média, sendo que seus vassalos eram, principalmente, senhores feudais e cavaleiros. Estes senhores feudais e cavaleiros também possuíam vassalos, formando, na Idade Média, extensos laços de vassalagem. Desta forma, num momento de guerra, milhares de guerreiros eram mobilizados. 
Nas Cruzadas, por exemplo, os cristãos conseguiram mobilizar milhares de guerreiros, para combater os muçulmanos na Terra Santa, graças as inúmeras relações de vassalagem e suserania que existiam na Europa Medieval.

A Baixa Idade Média

Introdução
A Baixa Idade Média é o período da história Medieval que vai do século XIII ao XV. Corresponde a fase em que as principais características da Idade Média, principalmente o feudalismo, estavam em transição. Ou seja, é uma época em que o sistema feudal estava entrando em crise. Muitas mudanças econômicas, religiosas, políticas e culturais ocorrem nesta fase.


Alguns fatos históricos importantes ocorridos na Baixa Idade Média:
- Cisma entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente (1054)
- O papa Urbano II convoca a Primeira Cruzada com o objetivo de libertar a Terra Santa (1095)
- A Inquisição foi instituída pelo papa Gregório IX (1231)
- Início da Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra (1337)
- Chegada dos espanhóis, liderados por Cristovão Colombo, à América (1492)

As Guerras Medievais

A guerra na Idade Média era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e o poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval.

Alexadre Magno e suas conquistas

Alexandre desembarcou na Ásia, para o seu primeiro confronto lá, onde Dario III o esperava com um exército de 600.000 homens. No final, Dario abandonou o combatedeixando sua própria família e todo o ouro que serviria para pagar sua tropa.
A seguir, Alexandre conquistou a Síria, a Fenícia e a Palestina. No Egito, onde foi acolhido como libertador, honrou os deuseus locais, declarou-se filho supremo de Amon e ocupou o trono que pertencia aos faraós.
Sua permanência de 4 meses no Egito foi marcada pela fundação de Alexandria, que se tornou um dos maiores centros culturais e comerciais da Antiguidade. Em 331 a.C. Alexandre deixou o Egito para o segundo confronto com Dario. A batalha foi travada em Gaugamelos e depois que venceu, Alexandre avançou sobre Babilônia, Susa e Persépolis, submetendo o Império Persa. Estava realizando o sonho de seu pai.
Quando chegou ao conhecimento que Dario III havia sido assassinado por ordem de Besso, sátrapa de Bactriana, ordenou que o corpo do rei fosse levado para Persépolis, onde foi sepultado com todas honras, sensibilizando os persas, que lhe deram a condição de herdeiro legítimo do trono.
Logo depois, derrotou o rei Poro, tendo ajuda do rei de Taxila. Alexandre formulava novos planos de conquita. Tencionava submeter a Arábia, pensou em conquistar a Europa até as colunas de Hércules e chegou a enviar um comando para explorar as regiões do mar Cáspio. Mas, em junho de 323 a.C., caiu vítima de uma febre que durou 10 dias, no décimo primeiro dia, morreu, quando tinha 33 anos de idade.

Religião na Idade Média

Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

sociedade feudal

A sociedade feudal era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dizimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidade (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).

terça-feira, 15 de maio de 2012

Idade das Trevas

A expressão Idade das Trevas para se referir à Idade Média foi muito utilizada no passado. Alguns historiadores usaram esta expressão, pois tinham como referências a cultura greco-romana e da época do Renascimento.
De acordo com estes historiadores, a Idade Média foi uma época com pouco desenvolvimento cultural, pois a cultura foi controlada pela Igreja Católica. Afirmavam também que praticamente não ocorreu desenvolvimento científico e técnico, pois a Igreja impedia estes avanços ao colocar a fé como único caminho a seguir.
Porém, a partir da segunda metade do século XX, com novos estudos históricos sobre a cultura e ciência da idade Média, houve uma nova visão sobre este período e o termo foi sendo abandonado. Alguns historiadores chegaram a conclusão que o desenvolvimento cultural e científico foi muito rico durante a época Medieval. Ocorreram avanços científicos e técnicos (exemplo da arquitetura). As Universidades Medievais foram ricos centros de produção de conhecimentos e debates. 
Atualmente, o uso do termo “Idade das Trevas” é considerado preconceituoso e também incorreto, pois desqualifica a cultura, a ciência e a arte Idade Media.
 

terça-feira, 8 de maio de 2012

Feudo

        Na Europa, durante a idade Média (século V ao XV ) o feudo era um terreno ou propriedade(bem material) que o senho Feudal (nobre) concedia a outro nobre (vassalo).Em retribuição,o vassalo deveria prestar serviços ao senhor  feudal,pagar impostos e oferecer lealdade e segurança.
      Um feudo medieval (território), geralmente, era constituído pelas seguintes instalações:Castelo fortificado (residência do nobre e sua família), vila canponesa(residência dos servos), área de plantio,igreja ou capela, moinho,estábulo,celeiro e etc.
       Como neste período a propriedade da terra era sinônimo de poder econômico,político e social, eram comuns as  gurras e batalhas pela disputa de feudos.


Corvéia

     Esta obrigação correspondida ao pagamento atraves de servisos  prestados nas terras ou instalações do senhor feudal.De 3 a 4 dias por semana, o servo era obrigado a cumprir diversos trabalhos com, por exemplo, fazer a manutenção do castelo, construir um muro, limpar o fosso do castelo, limpar o  moinho, etc. Podia também realizar trabalhos de plantio e colheta no manso senhorial (parte das terras do feudo de uso exclusivo do senhor feudal).

As Cruzadas

      No ano de 1076, os Turcos e Mulçumanos conquistaram e proibiram a entrada dos cristãos na cidade. Alem de Jerusalém os Turcos tomaram varias regiões que antes pertenciam ao imperio Bizantino, levado, em 1095, o imperio Bizantino Aleixo I a pedir ajuda militar ao papa Urbano II.
       Os saldados que lutavam nas cruzadas bordavam cruzes na roupa e ai se deu o nome AS CRUZADAS.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Doenças da Idade Media

A doença fazia parte da vida quotidiana. Para muitas enfermidades não havia tratamento, e os doentes aceitavam que tinham simplesmente que viver com elas. Uma dessas doenças era a lepra, uma doença infecciosa da pele. Os leprosos tinham que viver afastados, por causa do medo do contágio e havia leis que os proibiam de entrar nas cidades. Construíram-se casas (leprosarias ou gafarias) onde os leprosos podiam viver juntos, em geral longe das cidades.


Entre as doenças vulgares para as quais não havia cura contam-se o sarampo, a tuberculose, a desinteria, a difteria, a varíola e a escarlatina.


A mais temida das doenças era a peste bubónica, conhecida por peste negra. Chegou à Europa vinda do Oriente, e manifestou-se pela primeira vez em Itália em 1347. Espalhou-se rapidamente matando entre 20% a 40% da população europeia. Em Portugal, entre fins de Setembro e o Natal de 1348, a peste negra matou cerca de um terço da população. A peste era transmitida pelos ratos e pelas pulgas. Uma das razões da rápida propagação da peste nas cidades era a falta de higiene. Nesta época as pessoas viviam no meio de grande sujidade. O lixo das casa e oficinas era simplesmente atirado para a rua. Só no século XIX se compreendeu devidamente a importância da limpeza para a saúde.